Lembro-me de como eu costumava chorar todos os dias, rogando a Deus que apagasse do meu coração as lembranças que ainda doíam. Quando a gente é apaixonado, e o amor não é mais correspondido, parece que tudo na vida da outra pessoa vem pra te provocar. Eu mais do que ninguém soube o que é passar por isso. 
As lembranças de um passado que eu julgava ser tão perfeito e que naquele tempo estava acabado da pior maneira possível. A certeza, incerta, que eu nunca amaria novamente. 
Mas você apareceu pra mim e está conseguindo trazer de volta o que eu sempre fui. Obrigada, pois agora tento relembrar do passado e não consigo, porque os momentos que já passei com você mudaram e inundaram a minha mente. Agora só há nas minhas lembranças o dia na chuva, os beijos com sabor de chocolate, você apertando o meu nariz e eu não conseguindo fazer o mesmo com você.

Eu sou melhor ao seu lado. 

-Maria Eduarda Nascimento- 

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Difícil acreditar que acima de uma cidade tão tortuosa como esta, exista uma imensidão tão bonita. 

-Maria Eduarda Nascimento

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Pra discontrair

     Olhei o relógio de pulso, dividido entre a data e o horário, e já passava da hora de sair de casa. Dei pausa na música animada que estava rolando no meu computador, era a mesma que minha avó considerava insuportável. Não era fácil a convivência de uma idosa e uma adolescente de dezesseis anos. 
      Vi os meus fones surrados em cima da cama e ao lado, meus óculos escuros novos, dentro da caixinha rosa com pintas de oncinha, que refletia o meu lado perua. Aqueles óculos eram perfeitos em qualquer ocasião, com qualquer modelo de cabelo. Pus os fones e saí à rua enfrentando o calor do meio dia em solo nordestino. 
     "Hugs and kisses, hugs and kisses, hugs and kisses, X n o", cantava a Fergie em conjunto com os meus pés, que sempre acompanham as músicas que ouço, e minha mente e sentindo ''Top na balada''. Às vezes imagino a cena que as pessoas veem quando me empolgo. Mas o que realmente importa nessa crônica é o gatíssimo que passou por mim na hora "Put your hands in the air" da minha balada fictícia. Lindo, moreno, de olhos verdes e tipo atlético. Deixei Enrique Inglesias de lado e voltei toda a minha atenção para ele. Fiquei imaginando a balada do comercial da Close up, sendo a mina de branco e ele Caio Castro
    Óh, Dels! Com eu queria aquele moreno na minha night (cantada de pedreiro mesmo, se trocarmos 'night' por 'laje'). Pude paquerar a vontade, já que estava com óculos escuros e me senti a linda quando percebi que ele estava me olhando. Ganhei meu dia...

Até que mais tarde rolou um diálogo

-Oi, Ric.
- Oi, linda. Por que estava me olhando enquanto falava com a Taty?
- Como tu sabia que eu estava te olhando?
- Seus óculos novos irados, são transparentes, esqueceu?

-  FIM DA CRÔNICA IDIOTA- 


(Maria Eduarda Nascimento) 

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Apenas um desabafo

Foi no dia que eu te vi, que eu aprendi a sorrir. 
Foi no dia que você me esqueceu, que eu voltei a chorar.

* Me chame de idiota se quiser e se for machista declare fraqueza feminina, mas eu choro quando você fica sem me ligar. 
* Me desculpe se as lágrimas, embora aos poucos,  brotam mais facilmente dos meus olhos.
* Não acredite quando eu ponho a desculpa nos hormônios da TPM, este é um período que eles nem se movem. 
*Para mim é triste imaginar que eu faço o maior esforço para ficar longe de você e você não precisa de tamanho trabalho. 
* Se você se importa comigo, jamais finja que eu não existo, jamais  fique dias inteiros sem querer ouvir a minha voz, porque de forte só tenho o aspecto e por dentro morro sem você.

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O mundo passando a sua volta e você observando cada coisa atentamente. A música rolando ao seu ouvido e você se sentindo num clipe onde o protagonista é você. 

É tudo muito simples, se agregando e se movendo conforme a melodia: crianças correndo na rua, estudantes, pessoas passeando com os seus cachorros, pipas no céu...
Então você retira os fones e o encanto acaba. 

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Crônica mensal

Passei uma semana sem conseguir te olhar nos olhos, sem te dar o mínimo carinho. Qualquer aproximação sua era motivo para ser histérica. Agora me sinto uma idiota e também me senti ao decorrer da semana. Me olhava no espelho e chorava, te dizia que nunca seria perfeita, que não entendia como você gostava de mim. Chorava devorando uma caixa de chocolates, olhando as espinhas do meu rosto e sentindo raiva de mim mesma por ser tão idiota. Depois senti raiva de você, raiva por ser tão bom comigo e por me aguentar. No seu lugar, eu não me aguentaria, pensei. Pedia pra você ficar longe e depois te queria por perto e te abraçava. Era a dona da razão e segundos depois a pessoa mais carente, carente de você. 
Apesar de tudo você sorria, acho que imaginando que próximo mês vai acontecer tudo novamente.  

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Era uma vez uma menina que acreditou demais

           Era uma vez uma menina que cresceu e acreditou ter se apaixonado várias vezes. De todas vezes que o sonho acabou, ela acreditou nunca mais amar um dia. Ela era muito pequena e acreditava ser grande. Era uma criança e acreditava ser uma mulher. De todos os "amores" que teve, acreditou que iriam durar a vida inteira e de todos, achou que seria o último. A cada inicio de paixão, acreditou ser amor verdadeiro e a cada decepção, acreditou ser a morte. Fez muitas besteiras por acreditar em amores falsos e sofreu demais pelas consequências, consequências que achava valerem a pena, já que acreditava que amar tinha dessas coisas.
           Hoje a menina cresceu mais um pouco, já deixou de acreditar naqueles amores, já entende um pouco mais sobre a vida e já perdeu as contas de quantas vezes quebrou a cara por conta do passado. Mas sabe o passado? Ela se livrou dele. E hoje, a menina ( que nem mais menina, mas ainda não é mulher), está vivendo um novo amor e ainda acredita que pode ser verdadeiro, que pode durar para sempre, que podem valer as consequências e que ela pode sofrer se acabar. Mas notaram a diferença? Hoje a menina não tem mais certeza de tudo. Talvez seja verdadeiro, talvez dure pra sempre, talvez as consequências valham a pena, talvez ela sofra. Acho que as coisas funcionam assim quando a gente cresce.

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Como nomear de justo?

          Eu estava concentrada na minha vida, imaginando no quanto ela estava tranquila quando passou uma gaivota e pousou longe, nas pedras onde as ondas do mar batiam. A maré estava baixa e as pessoas aproveitavam para dar mergulhos. Fui rápida ao pegar minha câmera e tirei várias fotos da gaivota. 
        Neste momento minhas tias saíram da água e me chamaram pra comer alguma coisa em qualquer barzinho a beira-mar . Encontramos um a poucos metros,  procuramos uma mesa, sentamos e ficamos olhando o cardápio. Enquanto as duas observavam os preços de peixes atentamente, baixei o cardápio e foquei minha atenção numa menina. Ela não parecia bem, sua pele era morena, talvez queimada pelo sol, mas seu aspecto era esbranquiçado, não poderia ter mais de 16 anos. Estava sentada do lado de fora do restaurante e deixava transparecer dor em seu rosto, e não era pouca dor. Perto dela havia um homem que sorria e brincava com pessoas de outra mesa. Ele era bem mais velho, aparentava ter quase 30. Vez ou outra quando o aspecto de dor dela piorava, ele a ouvia gemer e ia falar com ela, mas com uma grosseria que a fazia sentir muito mais dor. 
          Quando ela retirou um pedaço de pano branco que tinha acima da barriga, pude perceber que havia um volume, ela estaria grávida de uns 4 meses, pelo menos. Ele passava a mão por cima da barriga dela com um pouco de agressividade e isso a fazia gemer mais alto.  Acho que era marido dela ou alguma coisa do tipo. 
Ficou nesse vai e vem por algum tempo: Sorria com os amigos, a ouvia gemer, fechava a cara e ia falar com ela, depois voltava à mesa. 

          Parei de observar quando percebi que começaram a brotar lágrimas dos olhos dela, então subi de novo o cardápio ao rosto e voltei a analisar peixes.

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