Agora ele estava ali, olhando fixamente pra mim. Desviei o olhar (fico constrangida quando percebem que eu estava olhando). Mas eu não conseguiria irrelevar a cena: Estava com uma colher nas mãos, não havia outros talheres, seu prato estava esborrando por todos os lados, o cabelo bagunçado, vestes rasgadas e rosto bem sujo. 
Mesmo aparentando muita fome, impediu a mastigação e sorriu pra mim. Retribui o sorriso, tentando imaginar a  história por trás daquele prato de comida. 


Maria Eduarda Nascimento

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